A tecnologia é parte fundamental de praticamente todas as grandes conquistas da humanidade. Há quase cinco décadas, o primeiro homem a pisar na Lua viajou até lá com uma mochila de apoio PLSS (Primary Life Support System) que continha um rádio de alta frequência responsável por transmitir vozes e dados do biossensor do traje espacial para o sistema de comunicação LEM, assim como sinais de vozes do LEM para o astronauta. Esse sistema de comunicação enviou, então, sinais de vozes e biossensores para a Terra usando uma banda S, que tem um alcance de frequência UHF (Ultra High Frequency) amplamente utilizado no espaço devido à sua habilidade de atravessar a ionosfera sem distorção ou reflexão.
Toda a comunicação de voz foi modulada em amplitude, razão pela qual possui distorções de sinal AM facilmente reconhecíveis e ruído. O transmissor de banda S que se comunicou com a Terra também atuou como um aparelho emissor-receptor, respondendo a sinais de alcance codificados da Terra que foram usados para medir com precisão a distância de uma estação terrestre ao LEM. Áudio e dados também podem ser encaminhados através do CSM (Módulo de Comando e Serviço, da sigla em inglês) em órbita e armazenado no gravador DSE para envio posterior a Terra.
O transceptor VHF (Very High Frequency) tinha dois canais, e a comunicação entre o LEM e a tripulação era “duplex”, o que significa que cada um deles poderia transmitir mensagens entre si simultaneamente. No entanto, as transmissões na Terra eram “simplex”, e os característicos tons Quindar eram usados para simplificar o canal único, em que cada pessoa falava por vez.
A comunicação entre LEM e o astronauta via EVA foi facilitada por uma pequena antena VHF implantada pelo primeiro tripulante da escada. Na superfície, a equipe posicionou um grande guarda-chuva banda S para transmitir vozes e dados diretamente para a Terra sem precisar do CSM.
PLSS (Primary Life Support System)