Os
sistemas de rádio LTR utilizam um conceito de controle chamado trunking.
Devido ao fato deste conceito ser aplicado ao radio, o trunking é o
compartilhamento automático de canais em um sistema de múltiplos
repetidores. As principais vantagens do trunking são: menor tempo de acesso
ao sistema e aumento da capacidade dos canais para uma dada qualidade de serviço.
Desta forma, visto que a probabilidade de todos os canais estarem ocupados no
mesmo instante é baixa (especialmente em sistemas maiores), a chance deles
serem bloqueados é muito menor do que quando somente uma canal pode ser
acessado.
Os
conceitos do trunking são baseados na presunção de que os usuários
individuais utilizam o sistema apenas em uma pequena porcentagem do tempo e
que, um grande número usuários não utilizam o sistema ao mesmo tempo.
A
Figura 1 representa o tráfego típico em
um sistema troncalizado com 5 canais. Os canais apresentados estão
aproximadamente 50% carregados, o que significa que eles são ocupados por uma
portadora durante 50% do tempo. As
áreas escuras nas 5 linhas superiores indicam quando o repetidor está em
uso, e as áreas escuras na linha inferior indicam quando todas os cinco
canais estão ocupados. FIGURA 1
Pode
se visto por esta apresentação que se os canais não forem troncalizados e
apenas um canal está disponível ao usuário (como por exemplo um repetidor
comunitário), há uma possibilidade muito menor de se obter uma canal naquele
instante. Entretanto, quando o
usuário tem acesso automático aos múltiplos canais conforme indicado pela
linha inferior, a probabilidade destes canais estarem ocupados ou não
permitir acesso é extremamente baixa.
Desta
forma, uma vez que os padrões de tráfego típicos são conhecidos, as
probabilidades de bloqueios podem ser preestabelecidas.
A
Figura 2 mostra que para uma dada porcentagem de ocupação do tempo no ar (airtime),
as probabilidades de bloqueio são reduzidas conforme o acréscimo do número
de repetidores troncalizados. Um
sistema de dez repetidores tem um desempenho de bloqueio muito melhor e pode
fornecer uma melhor qualidade de serviço do que dez canais independentes que
são utilizados por meios de comutação manual (representado pela linha
"1 CHNL ")
Note
que "carregamento" conforme referenciado neste texto, representa a
porcentagem do tempo de transmissão disponível e não um determinado número
de móveis por canal.
Um
repetidor somente é ocupado durante o período de transmissão através do
sistema de despacho. Isto
significa que numa conversação consistindo de diversas transmissões, estas
transmissões podem ocorrer em diversos canais diferentes.
Isto é chamado de transmissão troncalizada e permite a máxima eficiência
do sistema porque o intervalo ocioso das transmissões entre dois usuários
pode ser usado por outras transmissões de outros usuários. Algumas chamadas
especiais, tais como chamadas telefônicas, ocupam o repetidor durante toda a
chamada. Isto é chamado mensagem
troncalizada (message trunking).
Os
sistemas troncalizados são também caracterizados freqüentemente em termos
do atraso em função do acesso do canal. Probabilidades de atraso podem ser
calculadas se as suposições forem feitas para a duração média da
transmissão e a distribuição estatística das durações da transmissão.
Segundo as estatísticas coletadas pelo Instituto de Pesquisa de Stanford sob
o contrato RC 10056 do FCC, onde constatou-se que 5 segundos é o tempo razoável
de duração de uma transmissão e a distribuição foi considerada exponencia.
Dessa formal, os atrasos de acesso podem ser calculados e traçados como
apresentado na Figura 3. Os sistemas LTR podem
suportar até 20 canais (repetidores).
2.
COMPARAÇÃO DO MÉTODO TRONCALIZADO
2.1
DISTRIBUÍDO VERSUS CONTROLE DO CANAL DE CONTROLE
Atualmente,
há dois métodos diferentes sendo usados para controlar sistemas
troncalizados. Um método é o controle distribuído usado pelo LTR, e o outro
método é o canal de controle dedicado usado pela Motorola e por alguns
outros sistemas.
O
método dedicado tem diversas desvantagens sobre o método distribuído. Uma
desvantagem pode ser confinamente do throughput.
Quando
uma canal de controle dedicado é usado, todo o acesso deve ser feito através
do canal do controle. Entretanto, algum método deve ser usado para evitar
colisões. Muitos sistemas utilizam uma versão modificada do controle de
acesso entalhado (do aloha). As características deste sistema estão bem
documentadas em outra literatura. O throughput máximo do controle de acesso
entalhado é aproximadamente 37%. Isto resulta no confinamente do throughput
mesmo que os pacotes do canal de controle sejam tipicamente de curta duração.
Outras desvantagens são que um sistema de canal de controle deve processar
todas as chamadas em ordem seqüencial, e assim aumentar carregamento e
diminuir os canais que estão disponíveis, aumentar os acessos
exponencialmente e os móveis devem competir entre si por um único canal.
Uma
outra vantagem do método distribuído usado em sistemas LTR é que o acesso
pode ser feito em qualquer canal que estiver desocupado. Cada repetidor
determina quais canais estão desocupados e transmite esta informação em uma
seqüência de dados que coexiste com a informação de voz. Isto significa
que cada repetidor mantém sua própria seqüência de dados e amarra todos os
acessos em seu canal. As colisões são evitadas e seguradas pelos móveis.
Isto permite um total processamento paralelo das chamadas.
Uma
outra vantagem do método distribuído é que ele utiliza todas os canais para
comunicações de voz. Com um sistema de canal de controle, o canal de
controle tipicamente não pode ser usada para comunicações de voz. Na Figura
4, as taxas de bloqueio dos sistemas de cinco canais são comparadas àquelas
de um sistema de quatro canais (uma canal usado para controle). Pode ser visto
que há significativamente menos bloqueio para o sistema de cinco canais. Por
exemplo, num carregamento de 57%, o sistema de cinco canais está atrasado 20%
do tempo (bloqueado) comparado aos 25% de um sistema de quatro canais.
Uma
vez que uma chamada é bloqueada, o tempo de espera é diretamente relacionado
à taxa de bloqueio e ao carregamento de tráfego.
Entretanto,
um sistema de cinco canais (distribuído) tem também um menor tempo de
espera. Conforme mostrado na figura 5, o tempo de espera para o sistema de
cinco canais com uma carga de tráfego de 57% é 0,45 segundos comparados aos
0,71 segundos para o sistema de quatro canais utilizando um canal do controle.
2.2
HANG TIME (TEMPO DO CAIR)
Com
sistemas de rádio LTR, o hang time não é usado para chamadas de despacho (móvel-a-móvel).
Um canal é ocupado somente durante o período de duração da transmissão de
modo que o tempo entre transmissões possa ser usado por outros usuários
realizarem suas chamadas. O único momento em que o hang time é usado com LTR
troncalizado é quando estão sendo feitas chamadas telefônicas.
Alguns
outros métodos troncalizados utilizam o hang time com chamadas de despacho
durante períodos pesados de carregamento. Isto permite que a parte chamada
responda quase sempre a uma chamada sem ser bloqueada. Entretanto, as
desvantagens do hang time utilizado a nível sistêmico são significativas
porque ele aumenta diretamente o tempo médio de transmissão que, conseqüentemente,
aumenta os tempos de bloqueio e de espera para outros usuários.
Conforme
indicado na Figura 5, o tempo de espera com uma carga de tráfego de 57% para
o LTR troncalizado (linha “5 CHNL") é 0,45 segundos comparados aos 2,1
segundos para o método do canal de controle usando 2 segundos do hang time
(linha “4 CHNL, 2 Sec Hang”). Observe que o tempo de espera do sistema de
20 canais usando canal de controle dedicado e 2 segundos de hang time,
aproxima-se infinitamente em 70% do carregamento eficaz. Entretanto, Figura 3
mostra que um sistema LTR (distribuído) tem aproximadamente somente 0,1
segundos de tempo de espera sob as mesmas circunstâncias.
2.3
PRIORIDADE
DE ACESSO
A
prioridade de acesso determina quem consegue o acesso em um sistema ocupado. O
método usado pela maioria dos sistemas com um canal de controle dedicado
consiste em permitir que todos os móveis tentem acessar o sistema mas impedem
o acesso aos móveis de menor prioridade não fornecendo um canal para uso.
Isto significa que os móveis de baixa prioridade ainda ocupam o
sistema com suas tentativas de acesso mesmo que não lhes seja fornecido um
canal de voz.
Com
sistemas LTR distribuídos, nenhum móvel pode sequer tentar acessar o sistema
até que um canal esteja disponível. Portanto, o móvel que adquire o canal
é aquele que faz a primeira
tentativa de acesso. Este é um método de acesso denominado “first-come-first-served”,
ou seja, o primeiro móvel que “enxerga” um canal livre é o primeiro que
acessa o sistema. Todos os móveis têm prioridade de acesso igualitária.
3.
DESCRIÇÃO DO MÓVEL E DO REPETIDOR
3.1
INFORMAÇÃO GERAL SOBRE O MÓVEL
Os
transceptores móveis usados em um sistema LTR devem ser programados pela
sinalização LTR e também devem estar configurados para operar na faixa de
freqüência correta (800 ou 900 MHz).
A
operação de um transceptor LTR é mais simples do que uma operação em modo
convencional. O motivo é que muitas das funções executadas normalmente pelo
usuário são executadas pela lógica de controle, como por exemplo, a seleção
e a monitoração de canal antes da transmissão. Tudo que o usuário tem que
fazer para realizar uma chamada é selecionar o sistema desejado (e o grupo se
aplicável) e pressionar o botão “push-to-talk”. Se um sinal ocupado ou
uma condição fora-da-faixa não forem indicados por tons especiais ou por
mensagens de advertência em algumas exposições, o trajeto está completo e
a conversação pode começar.
Os controles básicos do transceptor incluem
o “power on-off”, o controle de volume e o sistema de seleção. A maioria
dos transceptores têm também um botão de seleção de grupo. Não há
nenhum controle de “squelch” porque o squelch é pré-ajustado
internamente.
3.2
INFORMAÇÃO GERAL DO REPETIDOR
Os
repetidores operam em uma única freqüência, quando este é requisitado para
operar em um determinado canal. Um
cartão controlador em cada repetidor realiza todas as funções de controle e
sinalização neste canal. A informação é trocada entre repetidores
através de um barramento de dados de alta velocidade. Um controlador de
sistema separado não é requerido. Os acessórios opcionais tais como Cartão
de Interconexão Telefônica e o “ID Validator” pode ser usado.
3.3
REPETIDORES HOME
Todos
os móveis têm um dos repetidores locais atribuídos como seu repetidor
"home". Este é o
repetidor do qual os móveis recebem a maior parte de suas informações de
controle. Quando um móvel não
está realizando ou recebendo uma chamada, ele fica sempre monitorando seu
repetidor home para determinar qual canal está livre e se ele está sendo
chamado por um outro móvel.
O
repetidor home é sempre usado para fazer uma chamada a menos se ele estiver
ocupado. Se o repetidor home estiver ocupado, qualquer outro repetidor no
local pode ser usado. Até 250 códigos ID são atribuídos a cada repetidor.
Um código ID e o número do repetidor home são o "endereço" dos móveis
no sistema. Portanto, até 1250 endereços separados podem ser atribuídos em
um sistema de cinco-repetidores e até 5000 podem ser atribuídos em um
sistema de vinte-repetidores. Um código ID pode ser atribuído a um móvel ou
a um grupo individual de móveis, conforme requerido.
4.
SINALIZAÇÃO DE DADOS ENTRE MÓVEL-REPETIDOR
4.1
GERAL
O controle do sistema é realizado pela troca de mensagens de dados entre o móvel
e o repetidor. Esta sinalização de dados ocorre simultaneamente com a voz na
freqüência sub-audível de 150 Hz. Isto elimina a necessidade de um canal de
controle dedicado e todas os canais podem ser usados para comunicações de
voz para a eficiência máxima do sistema.
Se um repetidor falhar, os demais repetidores permanecem operando.
Mensagens
constantemente atualizadas são transmitidas pelos repetidores que estão em
uso de modo que, se um transceptor acabou de ser ligado, uma mensagem em
andamento não deixa de ser transmitida. Estas mensagens também informam os móveis
a respeito de qual repetidor está disponível.
Os
móveis podem transmitir e receber somente os códigos ID programados pelo
operador do sistema. Conseqüentemente, outros usuários não podem escutar as
conversações outros móveis. Embora o tráfego possa ser monitorado por um
transceptor que não seja LTR, é muito difícil uma conversa entre outros móveis
ser escutada, pois uma conversação completa pode ocorrer em diversas canais
como descrito na seção 4.3.
4.2
HANDSHAKE DOS DADOS
[Tradução
Informática
: Handshake or handshaking: sinais de estabelecimento de comunicação;
sinais padronizados entre dois dispositivos para assegurar que o sistema está
funcionando corretamente, se o equipamento é compatível e se a transferência
de dados está correta (os sinais devem incluir "pronto-para-receber",
"pronto-para-transmitir", "dados OK")]
Quando um móvel realiza uma chamada, um dado
"handshake" ocorre com o repetidor.
O móvel transmite uma solicitação de serviço ao repetidor e quando
o repetidor detecta essa mensagem, transmite uma mensagem de volta ao móvel
informando-lhe que ele acessou o sistema com sucesso. O tempo total que é
requerido para completar o “handshake” é menor que 0,03 segundos. Outras
vantagens deste “handshake” estão no fato de ele assegurar que o
“handshake” não está ocorrendo em um canal errado por causa da
intermodulação, e impede que um móvel com um sinal mais forte capture um
canal já em uso.
4.3
TRANSMISSÃO TRONCALIZADA (TRUNKING)
Com chamadas móvel-à-móvel padrão, um repetidor é retido somente
durante o período de duração de uma transmissão. Este tipo de
entroncamento (trunking) é chamado de transmissão troncalizada.
Com chamadas RIC (Interconnect), o repetidor é retido durante o período
de duração da chamada de modo que uma chamada não seja interrompida. A
transmissão troncalizada fornece eficiência máxima do sistema pois outros móveis
(usuários) podem usar o tempo entre transmissões de outros móveis (usuários).
Consulte a seção 2.2 para maiores informações a respeito deste tipo de
entroncamento (trunking).
4.4
FORMATO DA MENSAGEM DE DADOS
As mensagens de dados são transmitidas
continuamente ao repetidor pelo móvel chamador enquanto uma conversação está
em andamento. O repetidor também está transmitindo continuamente mensagens
ao móvel chamado e a todos os outros móveis que monitoram esse canal. A
informação específica contida nas mensagens de dados depende se ela é
transmitida do repetidor ou do móvel. A largura de cada bit de dados é 3,33
ms e a taxa de dados é 300 bits por o segundo. Uma mensagem de dados completa
é transmitida em aproximadamente 130 ms.
A
informação contida nas várias mensagens de dados é mostrada na figura
6. As seguintes informações descrevem as várias partes destas
mensagens.
SYNC
= os primeiros dois bits de uma mensagem de dados inicializa o circuito de
dados de recepção. Os outros bits “sync” são usados para detectar a
chegada da mensagem de dados e estabelecer a sincronização de bit.
ÁREA = com
mensagens transmitidas pelo móvel, esta é a área programada dentro do móvel;
com mensagens transmitidas pelo repetidor, esta é a área programada
pela matriz de programação na gaveta lógica. Se a área da mensagem
transmitida não estiver de acordo com a área programada, a mensagem é
ignorada e a tentativa de chamada é mal sucedida.
Este bit é codificado geralmente como "0" a menos que hajam
dois sistemas LTR próximos bastante para interferir um com o outro. Então,
um sistema é codificado como "0" e o outro sistema é codificado
como "1".
Mobile-to-Repeater
Data Message
Sync
|
Area
|
Repeater
In use
|
Home Repeater of
Called Unit
|
ID code of called
unit
|
Pass
Character
|
Error
Check bits
|
Mobile-to-Repeater Data Message (Repeater Busy)
Sync
|
Area
|
Go-To Repeater for
called unit
|
Home Repeater of
Called Unit
|
ID Code of Called
Unit
|
Free Repeater
|
Error
Check bits
|
Mobile-to-Repeater Data Message (Repeater Idle)
Sync | Area | Repeater Number | Repeater Number | 255 | Repeater Number | Error Check bits |
DATA MESSAGE FORMAT
Figura 6
IN USE
ou GO-TO-REPEATER- numa mensagem de dados do móvel para o repetidor, este
slot contem o número do repetidor ao qual a mensagem está sendo transmitida.
Se estes bits não forem os mesmos que o número atribuído ao repetidor, a
mensagem fica aparecendo no canal errado por causa da intermodulação e é
ignorada.
Quando a
chave do PTT é liberada, o transmissor permanece durante um curto período de
tempo e o código turn-off (31) é emitido neste slot. O código é
retransmitido pelo repetidor e quando é detectado pelos móveis de recepção,
eles silenciam e reassumem o monitoramento do canal inicial (home). Isto evita
um "squelch tail" (rajada de ruído) quando os
móveis transmissores são desligados.
Com
mensagens do repetidor-móvel, a informação específica neste slot depende
se o repetidor está ou não ocupado. Se estiver ocupado, as mensagens
separadas são transmitidas ao móvel usando o repetidor e também a outros móveis
que podem estar troncalizados fora de outros repetidores. Na mensagem ao móvel
usando o canal, este slot contém o número do repetidor. Nas mensagens aos móveis
troncalizados para fora de outros repetidores, ele contém o repetidor para
comutar a fim receber a chamada. Se o repetidor não estiver ocupado, uma
mensagem é transmitida a cada 10 segundos para manter os móveis atualizados
e este slot contém o número do repetidor.
HOME
REPEATER = em uma mensagem de dados repetidor-móvel, este slot contém o número
do repetidor “home” do móvel que está sendo chamado. Este é sempre o número
do repetidor “home” programado no sistema selecionado do móvel que faz a
chamada.
Em
uma mensagem de dados repetidor-móvel, este slot contém o mesmo número do
repetidor recebido na mensagem de dados do móvel. Se o repetidor não estiver
ocupado, ele transmite seu número neste slot.
ID
CODE = Numa das muitas mensagens de dados do repetidor para o móvel, este
slot contém o código ID (1-250) do móvel ou do grupo de móveis que estão
sendo chamados. Numa mensagem de
dados do repetidor para o móvel, este é o código ID do móvel ou do grupo
de móveis que estão sendo chamados naquele canal.
Se
outros móveis atribuídos a este repetidor possuírem entroncamentos para
outros repetidores para receberem uma chamada, mensagens adicionais são
transmitidas contendo os códigos ID destes móveis. O repetidor inicia esta
informação a partir do seu barramento de dados. A informação de GO-TO
descrita anteriormente diz a estes móveis em qual repetidor eles devem
comutar.
FREE
CHANNEL = Em uma mensagem de dados do móvel para o repetidor, este slot contém
o código (31), que é um código momentâneo. Em uma mensagem de dados do
repetidor para o móvel, este slot contém o número de um repetidor que não
esteja ocupado e disponível para o serviço. Isto informa aos móveis atribuídos
a este repetidor qual repetidor usar para realizar a chamada. O repetidor
livre é escolhido de uma forma aleatória como descrito na seção 5.3. Se um
repetidor não estiver ocupado, este slot contém seu número. Se todos os
repetidores estiverem ocupados, este slot contém " 0 ".
ERROR
CHECK BITS = estes bits são usados para verificar se há erros em uma
mensagem de dados. Se um erro for
detectado, a mensagem é ignorada.
5.
SINALIZAÇÃO DO BARRAMENTO DO REPETIDOR
5.1
GERAL
Uma
única linha do barramento serial interconecta Cartões Controladores
Principais (Main Controller Cards) de todos os repetidores LTR naquele local (site).
Há 21 time-slots no barramento de dados sendo que os time slots 1 ao 20 são
usados para o relatório do repetidor e o time-slot 21 é usado pelo Validator
ID (veja seção 5.4). O time-slot usado por um repetidor é determinado pelo
número atribuído a este repetidor via programação.
O
repetidor 1 usa o time-slot 1; o repetidor 5 usa o time-slot 5 e assim por
diante. A taxa de dados no barramento de dados de do repetidor é 18,750 bits
por segundo.
Em seu
time-slot, cada repetidor coloca a informação no barramento indicando seu
status. Se um repetidor não
estiver ocupado, somente os bits de inicialização aparecem em seu time-slot.
Se um repetidor estiver ocupado, ele coloca em seu slot o repetidor home e o código
ID do móvel que recebe a chamada naquele repetidor. Se um número do
repetidor não estiver atribuído, nada aparece nesse time-slot.
5.2
ORDEM DA MENSAGEM DE DADOS DO MÓVEL.
Cada repetidor monitora todos os time-slots no barramento de dados. Se ele
detectar seu número em um outro tiime-slot, ele começa a transmitir uma
mensagem de dados adicional a seus móveis. Esta mensagem diz aos móveis
programados para detectar esse
código de ID para ir aquele repetidor para receber uma chamada. Esta mensagem
adicional continua até que o móvel esteja transmitindo em outro repetidor.
5.3
DETERMINAÇÃO DO REPETIDOR LIVRE
Cada
repetidor home determina qual repetidor está livre através do monitoramento
da informação nos vinte time-slots.
Cada
slot é monitorado em ordem e se um slot contiver somente bits de inicialização,
esse repetidor é detectado como desocupado. Se a informação em um slot não
indicar nenhum repetidor ou um repetidor ocupado, o repetidor livre não muda
e é o último repetidor detectado como desocupado. O repetidor livre
transmitido numa mensagem de dados, é então, o repetidor livre que está
sendo detectado no instante em que a mensagem é composta. Por exemplo,
suponha um sistema de cinco-repetidores com os repetidores 1, 5, 9, 13 e 17.
Se os repetidores 5 e 13 estiverem ocupados, o repetidor livre muda
conforme os vinte time-slots são monitorados:
1
1 1 1 1 1 1 1 9 9 9 9 9 9 9 9 17 17 17 17
Pode-se
observar com este esquema que, quando menos de vinte repetidores são usados,
os números devem ser atribuídos de modo que a distribuição entre os números
sejam tão iguais quanto possível. Por exemplo, se cinco repetidores fossem
numerados de 1-5, o último repetidor detectado como desocupado seria o
repetidor inativo para slots de tempo 6-20.
5.4
OPERAÇÃO DO ID VALIDATOR
Se
o ID Validator do ID for usado, ele é programado com o status de até todas
as 5000 combinações do código home-repeater/ID possíveis com um sistema de
vinte-canais.
Cada combinação é programada como válida ou inválida. A informação
nos vinte time-slots no barramento de dados do repetidor é monitorada. Se
uma combinação inválida do código home-reoeater/ID for detectada, o ID
Validator insere no time-slot 21 o número do repetidor que está sendo usado
pelo móvel inválido e também o código ID. Quando um
repetidor
deteta seu número no slot 21, ele transmite o código
turn
off (31) ao móvel que recebe a chamada. Este móvel é desligado e reinicia o
monitoramento no seu canal home.
Isto efetivamente desabilita o móvel inválido porque ele não pode se
comunicar com qualquer um. Quando o código
turn off
é
enviado, o repetidor insere "21" na posição de repetidor de seu
time-slot para indicar ao ID Validator que
o
turn off
ocorreu.
6.
EXEMPLO DE AQUISIÇÃO DO SISTEMA
6.1
INTRODUÇÃO
Quando
um móvel é ativado mas não está em operação, ele fica sempre monitorando
as mensagens de dados de seu repetidor home. Ele verifica estas mensagens para
determinar se está sendo chamado por um outro móvel e também qual repetidor
está livre, caso queira realizar uma chamada. Se o botão do PTT for
pressionado, o transceptor comuta para o repetidor que aparece no slot FREE e
transmite uma mensagem de dados. O repetidor FREE é sempre o repetidor home a
menos que esteja ocupado. A seguinte informação descreve a informação
contida nas mensagens de dados transmitidas quando uma chamada é feita.
Figura 7
6.2
FAZENDO UMA CHAMADA QUANDO O REPETIDOR HOME ESTIVER LIVRE
Suponha
que o móvel "A" esteja chamando os móveis "B" que estão
programados para decodificar o código ID 212 (veja figura 7).
O repetidor home de todos estes móveis é 2 e o bit de área é 0.
Esta chamada prossegue como segue:
O repetidor 2, que não está ocupado, fica transmitido a seguinte mensagem a cada 10 segundos:
O repetidor 2, que não está ocupado, fica transmitido a seguinte mensagem a cada 10 segundos:
Go
To Home ID Free
Area
Repeater Repeater Code Repeater
Sync
|
0
|
2
|
2
|
255
|
2
|
Check Bits
|
O
móvel "A" recebe e decodifica esta mensagem e verifica os bits do
REPETIDOR LIVRE para determinar qual repetidor está disponível. Quando o botão
do PTT do móvel "A" é pressionado, ele transmite a seguinte
mensagem de dados:
Repeater
Home ID Pass
Área in Use Repeater Code Character
Área in Use Repeater Code Character
Sync | 0 | 2 | 2 | 212 | 31 | Check Bits |
Após
a mensagem ser transmitida, a lógica do móvel "A" desliga o
transmissor e espera por uma resposta do repetidor. O repetidor 2 verifica os
bits de ÁREA e REPEATER IN USE para certificar-se que o móvel é do sistema
LTR correto e esteja transmitindo no canal correto. O repetidor coloca então
a seguinte informação no slot 2 na barramento de dados do repetidor:
2 | 212 |
TIME SLOT
TIME SLOT
Até
este tempo, o slot 2 conteve somente os bits de começo, que indicaram que não
eram ocupados. A informação no
slot 2 diz aos outros repetidores que o repetidor 2 é ocupado.
Ao mesmo tempo, o repetidor 2 transmite a seguinte mensagem de dados:
Go
To Home ID
Area
Repeater Repeater Code Repeater
Sync | 0 | 2 | 2 | 212 | 3 | Check Bits |
Quando
o móvel "A" recebe esta mensagem, ele compara os bits de ÁREA,
HOME REPEATER e ID CODE àqueles transmitidos e verifica se o número do
repetidor GO TO é o mesmo do canal em que ele está. Se estes dados estiverem
corretos, o transmissor é habilitado e o handshake está completo.
Quando
os móveis "B" decodificam esta mensagem, os bits AREA, HOME
REPEATER HOME e ID CODE são verificados. Assim o código ID corresponde ao código
ID decodificado programado; a lógica liga o receptor. Ele permanece no mesmo
canal porque os bits GO TO indicam o repetidor 2. Isto completa a trajetória
via RF entre o móvel "A" e os móveis "B".
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