Na
cidade de Sorocaba, nos anos 70, um radioamador, que fazia suas
transmissões através de um transmissor muito potente e, por isto,
interferia em aparelhos de radio, televisão e... também no aparelho
contra surdez de uma senhora da terceira idade (a caminho da
quarta).
Nossa anciã ficava nervosa, apavorada mesmo, tendo quase
que ser internada com distúrbio nervoso, sempre que o nobre colega
iniciava sua diversão. Ninguém da família atinava para o que
ocorria. Por ser muito religiosa, foi procurar o padre, o qual,
como todo bom pastor deve ser, a ouviu atentamente. Explicou com
minúcias, ao sacerdote o que estava se passando, como já havia
explicado aos seus familiares, por diversas vezes: - "De vez em
quando, ouço um espírito zombeteiro, que me faz chegar aos ouvidos,
uma porção de coisas que não entendo. Embora tente não consigo e,
além de tudo o espírito é gago."
Acontece que o prezado colega, com seu aparelho possante,
fazia sua chamada na faixa dos 40m e, repetidamente pronunciava:
"CQ40, CQ40, CQ40"... até que alguém escutava e respondia. Aí,
então, é que começavam as vozes do "espírito gago", que danava a
falar coisas que ela não entendia.
O
vigário, que entendia do assunto, percebera o que se passava e,
tranqüilizando-a, deu-lhe as explicações necessárias, pedindo-lhe
que quando o tal "espírito" se manifestasse, ela retirasse o
aparelhinho e o problema seria sanado, o que ocorreu.
O
certo é que, passados quase 30 anos, até hoje é comentado,
jocosamente, pelos radiomadores.
O vigário era o ''espírito
gago''
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