dedicado ao assunto relacionados
a radioamadorismo e ciências na area da eletrônica e
Telecomunicações ...
quinta-feira, 26 de julho de 2012
SATELITE "BOLINHA" x FREQUÊNCIA DA FAXINHA
Depois do gato de água, do gato de luz e do gatonet, é
hora de lembrar outro gato que percorre o Brasil: o gato de satélite. A
prática não é nova - existe há anos, desde que se tornou padrão e fácil
de dominar a tecnologia usada pelos chamados satélites "Bolinha", os
aparelhos americanos chamados FLTSATCOM, lançados ao espaço entre 1978 e
1989 pela Marinha dos EUA. São satélites geoestacionários utilizados
para comunicações militares entre bases terrestres, navios, aviões e
submarinos.
Em meados dos anos 90, técnicos e operadores de rádio
brasileiros descobriram que poderiam usar determinadas frequências
operadas por esses satélites (que, apesar de antigos, ainda são usados
nas comunicações militares americanas). Desde então, a farra nas
comunicações via satélite se instalou, com os gatos sendo usado para
conversas de tudo quanto é tipo, especialmente em áreas com pouca
cobertura de tecnologias de comunicação.
A bagunça parece ter chegado ao ápice no mês passado, quando os
usuários de gatos satelitais ruidosamente comemoraram um gol do
Corinthians. Operadores militares americanos ficaram estarrecidos e a
história foi até parar na "Wired" na semana passada. Não deu outra:
- Os militares americanos reclamaram com o governo brasileiro e
isso deu início à Operação Satélite, de caça aos gatos - conta o
delegado da Polícia Federal Ronaldo Guilherme Campos, de Santa Catarina,
que coordenou a operação a partir de Minas Gerais em várias cidades e
estados.
A ação da PF se deu no fim de março e cumpriu 20 mandados de
busca e apreensão em cidades como Uberlândia, Governador Valadares,
Caratinga e Ubaporanga (em Minas), Goiânia (GO), Campo Grande (MS), São
José (SC) e Palmas, Araguaiana, Barra do Garça e Mato Grosso (em
Tocantins). Segundo o delegado da PF, foram detidos 20 usuários dos
gatos, mas ainda se investigam pelo menos mais cinco. Os 20 não ficaram
presos, no entanto, porque a investigação prossegue e quer ir mais
fundo, até os responsáveis pela fabricação dos aparelhos de
interceptação clandestina dos satélites.
- Esses usuários se valiam de diversos canais na internet, como
Orkut, MSN e afins, para saber como obter os aparelhos e como fazê-los
funcionar - conta Ronaldo. - De posse das informações, montavam o gato
em casa, de forma bem artesanal e rudimentar, com equipamentos-padrão e,
novamente com a ajuda da internet, ajustavam-nos para as configurações
mínimas para interceptar a frequência dos satélites. Isso quando não
compravam o esquema já pronto.
A revista americana comentou que as caronas sem fio são também
usadas por traficantes de drogas para troca de informações e coordenar
operações criminosas, mas Ronaldo não encontrou sinais disso na operação
que coordenou.
É como se fosse um noticiário aberto a todos
- A comunicação nesses gatos não é criptografada, isto é,
qualquer um que entra na frequência pode ouvir o que os outros estão
falando - explica. - É como se fosse um noticiário aberto a todos. Por
isso, são mais usadas em conversas e trocas de informações comuns. Os
criminosos procuram usar alguma forma de comunicação criptografada. A
maioria absoluta dos usuários se vale do gato como se fosse um Nextel
gratuito.
O que não significa que os gatos de satélite sejam legais. Nada disso: seu uso é tipificado como crime na Lei Geral de Telecomunicações (artigo 183) e pode dar até quatro anos de detenção, além de multa. A Operação Satélite deixou isso bem claro
A operação visou a materializar esse crime, embora a
maioria das autoridades policiais preferisse não efetuar prisões dos
usuários (na verdade, foi efetuada apenas uma), preferindo prosseguir em
direção à fabricação e disponibilização dos meios para o gato de
satélite através da internet, por exemplo - explica Ronaldo. - O
importante é coibir a prática, que está interferindo com as operações
militares americanas.
Embora a Marinha americana esteja trabalhando numa nova geração
de satélites chamada MUOS (Mobile User Objective System) para
substituir os velhos FLTSATCOM, eles ainda são bastante usados, e
Ronaldo diz que é difícil coibir tecnologicamente a pirataria, pois os
transceptores são facilmente adaptáveis para interceptar a frequência.
De qualquer modo, a PF está fazendo a perícia nos aparelhos apreendidos e
vai continuar de olho. Até aparecer algum novo gato por aí
A Legislação vigente diz que os radioamadores não podem manter
conversação com pessoas que não têm indicativo... O máximo que se pode
fazer é manter a boa educação, dar a orientação necessária e em seguida
encerrar o diálogo com a pessoa que não seja licenciada...
Percebo que várias pessoas ficam "dando orelha" aos
clandestinos e tratam-nos como se fossem especiais e merecedores de
total atenção. Sim, eles são dignos de atenção a partir do momento que
tiverem indicativo... Não estamos julgando o caráter da pessoa sem
indicativo, mas sim a condição de INABILITADO para o exercício do
radioamadorismo...
O pior vem acontecendo quando radioamadores ficam "dando
orelhas" a pessoas conhecidamente desprovidas de moral e sem bom
comportamento, petimbadores confessos. Quando o radioamador "dá orelhas"
à pessoas deste tipo, acabam se igualando a elas ou até pior, ficam
abaixo da clandestinidade; afinal sabem que não pode, mas insiste em
falar com os clandestinos...Há uns dias escutei um "radioamador classe
A" do Rio de janeiro conversando com um clandestino e dizendo que não
havia problema em não ter indicativo e que ambos poderiam conversar
traquilamente; o "radioamador classe A" ainda acrescentou que o mesmo
não era fiscal da Anatel, e só estava ali nas frequências de VHF para
brincar um pouco... Agora questiono: isso é comportamento de radioamador
e sendo um classe A? Por várias vezes escuto um clandestino já
conhecido por muitos em algumas repetidorars do estado do Rj e
principalmente em simplex; conversando abertamente como se fosse o dono
do pedaço... Quem conversa com esse clandestino nem imagina que este
mesmo indivíduo por inúmeras vezes dá portadoras nos radioamadores, fala
palavrões e provoca as pessoas que ele não tem simpatia...
O problema maior disso tudo é que o VHF se tornou um PX
engravatado; o maior índice de clandestinos dentro da faixa de
radioamador estão concentrados no VHF; e o motivo disso é a
popularização da faixa com equipamentos baratos e acessíveis... O que
todos estão esquecendo é que as frequências de 144.000 a 148.000 (VHF)
são destinadas aos radioamadores e deve ser utilizada para tal... É
importante que os radioamadores entendam que preservar a nossa faixa é
impedir que ela seja banalizada... Os radioamadores têm de se unir em
torno do que é correto e cuidar das próprias atitudes; os radioamadores
são cientes de seus deveres e regras a serem seguidos e assim devem
cuidar para que assim seja feito; de maneira ilibada...
É bom salientar que não existe dentro da faixa de radioamador
nenhuma frequência destinada a clandestinos... Muitos acreditam que
falar no simplex é permitido mas isso não é verdade; não é permitido que
pessoas sem indicativo utilizem frequências destinadas a radioamadores
licenciados... E pior ainda, existe atualmente rodadas de clandestinos
dentro do VHF, que utilizam a frequência como se fossem donos dela,
rechaçando quem eles não desejam que utilize a frequência, inclusive
radioamadores... Isso chega a ser o cúmulo do absurto; seria cômico se
não fosse desprezível...
Norma 449/2006: Art. 7º. A Licença para Funcionamento de
Estação de Radioamador é intransferível, na qual constará,
necessariamente, o nome do autorizado, a sua classe, o indicativo de
chamada da estação e a potência autorizada. A licença autoriza o
radioamador a utilizar qualquer das radiofreqüências destinadas à sua
classe, em conformidade com o Regulamento sobre Condições de Uso de
Radiofreqüências para Estações do Serviço de Radioamador.
"RADIOAMADOR!!! Valoriza tua conquista, afinal você estudou e
foi aprovado por mérito teu e tua classe é uma vitória, por isso, NÃO
fale com clandestinos que invadem nossas faixas!"
mais um material cpiado
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