Astrônomos
abriram novas janelas para o universo ao estudar os vários
tipos de luzes que nossos olhos não podem ver.
Estão
em todos lugares ao redor de você. Penetram a Terra, o céu,
o universo, Podem ser altamente destrutivas, contudo são
totalmente necessárias para vida. Para os astrônomos, é
sem dúvida o meio mais importante para descobrir os segredos
do cosmo.
Nós
conhecemos isto como luz. Mas a luz que nós vemos com nossos
olhos é apenas minúscula parte de um espectro eletromagnético
vasto produzida por tudo, desde cometas até quasares. Nós
podemos entender pouco sobre o universo sem uma compreensão
e avaliação da luz visível e seus sócios invisíveis no espectro
eletromagnético: ondas de rádio, luz visível, ultravioleta
infravermelha, raios x, e raios gama. Todas estas formas
diferentes de luz fundamentalmente são a mesma coisa.
Os
cientistas sabem agora que a luz pode ser descrita como
um trem de ondas que carrega energia. Estas ondas são na
realidade os meios principais do universo para transmitir
energia. Porém, diferente das ondas sonoras, não precisa
de uma substância por onde viajar. Ao invés, consiste em
ondas alternadas de campos elétricos e magnéticos que se
movem pelo vácuo à velocidade máxima cósmica: 300.000 Km/s.
Os tipos diferentes de luz são ondas que têm comprimentos
diferentes entre cristas ou vales sucessivos.
Transportadores
de energia
Além
de ser vista como onda, e também como partículas conhecidas
como fótons, a luz visível e seus vizinhos do espectro não
são portadores da mesma energia. Quanto mais curto o comprimento
de onda, o mais alto a energia de um fóton. O Raio-X cujos
comprimentos de onda são mais curtos que um vírus, tem tanta
energia que podem penetrar o corpo humano. Isto permite
que os médicos usem Raio-X para diagnosticar tecidos internos
do corpo. Mas o excesso de exposição aos Raio-X pode danificar
as células, causando câncer. Raios-gama,
que são libertados em explosões atômicas, têm comprimentos
de onda ainda menores do que o tamanho dos átomos. Fótons
de raio-gama levam mais energia que fótons de raio-x, e
são conseqüentemente mais mortais. Nós ainda não sabemos
o limite de energia que os Raios-Gama podem conter. Atualmente
é o comprimento de onda limite do espectro eletromagnético
conhecido. Além desse ponto, o espectro permanece ainda
desconhecido.
As
várias cores da luz visível têm comprimentos de onda um
pouco menores que um milésimo de um milímetro, sendo próximo
ao tamanho das bactérias. A luz visível carrega energia
suficiente para estimular reações químicas em nossos olhos,
permitindo que nossa visão funcione. Da mesma forma as plantas
sintetizam a glicose através da fotossíntese. A
luz ultravioleta tem comprimentos de onda mais curto que
a luz visível, porém, mais longo que os Raio-X, leva muita
energia e pode ser perigosa. Queimaduras de sol e até câncer
de pele podem ser causados pela exposição demasiada à luz
ultravioleta.
Luz
infravermelha que também é conhecido como radiação infravermelha,
transportam aquilo que conhecemos como calor. Se você colocar
sua mão próximo a sua bochecha, você pode sentir luz infravermelha
que emana de sua pele. Ondas
maiores que um milímetro pertencem no espectro de rádio
que se estende até o tamanho de alguns quilômetros de comprimento
de onda. Como possuem comprimentos de onda longos, ondas
de rádio não levam muita energia e não são particularmente
prejudiciais. Só em certos comprimentos mais curtos (micro-ondas),
que são vigorosamente absorvidas pela água, podendo ocorrer
alguns efeitos perigosos ou queimaduras.
A
Nebulosa do Caranguejo (M1) assume aspectos diferentes que
dependem de comprimento de onda que está sendo observado.
Em
baixo vista pela luz visível e depois por vários tipos de
observação. Cada imagem mostra características diferentes
desta remanescente de supernova
Infra-Vermelho |
Raios-Gama |
Ultra-violeta |
Radio |
Raio-X |
Caleidoscópio
de Cores
Em
1666, Isaac Newton deu o primeiro passo para entender luz
visível quando ele passou luz solar por um prisma e separou-a
em um caleidoscópio de cores. Há uma ligeira diferença de
comprimento de onda entre várias cores do espectro eletromagnético
visível. Ondas vermelhas são as mais longas, ondas violetas
as mais curtas.
William
Herschel, o descobridor de Urano, foi o primeiro em explorar
a região além do arco-íris da luz visível. Em 1800, ele
fez a reportagem de uma experiência para determinar o poder
de aquecimento de diferentes cores, entre as quais ele
dispôs um jogo de termômetros. Para sua surpresa, o maior
calor foi produzido depois do fim do espectro, além do vermelho,
onde nada era visível. "Calor radiante", ele proclamou,
"consistirá pelo menos em parte, se podem me permitir
a expressão, de luz invisível". Herschel tinha descoberto
radiação infravermelha.
No
século 19, astro-fotógrafos começaram a explorar o outro
lado do espectro. Emulsões fotográficas são particularmente
sensíveis a comprimentos de onda mais curtos luz como: o
do azul e do violeta. Astrônomos descobriram que estrelas
e nebulosas radiam além da luz violeta, conseqüentemente
surgiu o termo "ultravioleta." Os
físicos completaram o quadro com a descoberta das ondas
de rádio, luz ultravioleta, Raio-X, e Raio-Gama. Astrônomos
vieram perceber que muitos corpos astronômicos radiam pouco
ou nenhuma luz visível e ficariam ocultos sem uma exploração
espectral completa. Tentando entender o universo só pela
luz visível é como escutar a uma sinfonia e ouvir só os
violoncelos. Só estudando imagens e dados de largo espectro
podem os astrônomos apreciar a extensão total do universo.
William
Herschel, o descobridor de Urano, foi o primeiro em explorar
a região além do arco-íris da luz visível. Em 1800, ele
fez a reportagem de uma experiência para determinar o poder
de aquecimento de diferentes cores, entre as quais ele
dispôs um jogo de termômetros. Para sua surpresa, o maior
calor foi produzido depois do fim do espectro, além do vermelho,
onde nada era visível. "Calor radiante", ele proclamou,
"consistirá pelo menos em parte, se podem me permitir
a expressão, de luz invisível". Herschel tinha descoberto
radiação infravermelha.
No
século 19, astro-fotógrafos começaram a explorar o outro
lado do espectro. Emulsões fotográficas são particularmente
sensíveis a comprimentos de onda mais curtos luz como: o
do azul e do violeta. Astrônomos descobriram que estrelas
e nebulosas radiam além da luz violeta, conseqüentemente
surgiu o termo "ultravioleta." Os
físicos completaram o quadro com a descoberta das ondas
de rádio, luz ultravioleta, Raio-X, e Raio-Gama. Astrônomos
vieram perceber que muitos corpos astronômicos radiam pouco
ou nenhuma luz visível e ficariam ocultos sem uma exploração
espectral completa. Tentando entender o universo só pela
luz visível é como escutar a uma sinfonia e ouvir só os
violoncelos. Só estudando imagens e dados de largo espectro
podem os astrônomos apreciar a extensão total do universo.
Na
década de trinta, Karl Jansky, um engenheiro da Bell Labs,
deu o primeiro passo quando captou ondas de rádio vindas
do espaço profundo usando uma antena simples. A tecnologia
de radar desenvolvida eventualmente durante a segunda guerra
mundial acabou conduzindo aos rádio-telescópios de hoje.
Rádio-telescópios não "ouvem" nada. A missão deles
é traçar de onde ondas de rádio estão vindo e assim os astrônomos
podem aprender sobre as condições físicas dos corpos radiantes.
O modo que os rádio-telescópios trabalham é semelhante aos
telescópios óticos . Eles têm grandes superfícies côncavas
que refletem e concentram fótons de radio-frequência na
direção de sensíveis detectores e amplificadores. Pelo fato das ondas de rádio terem comprimentos de onda longos,
elas não são boas para revelar estruturas pequenas. Para
maximizar a resolução, são construídos rádio-telescópios
com até 300 metros e mesmo assim a resolução ainda não é
tão grande. A solução foi interligar vários rádio-telescópios
distantes centenas de quilômetros e assim construir rádio-telescópios
"virtuais" de tamanho continental. Com estas estruturas
gigantescas é possível capturar detalhes que nenhum telescópio
ótico jamais conseguiria.
Uma
Bênção e uma Maldição
A
atmosfera de Terra absorve quase toda radiação de alta-energia.
Enquanto isto parece ruim para os astrônomos, é na realidade
bom para nós os seres vivos, que sem a proteção da atmosfera,
teríamos muitos problemas com a saúde. A atmosfera bloqueia radiação além da luz violeta, enquanto
permite que apenas um pouco de ultravioleta mova-se furtivamente
por ela. Isto nos protege da luz ultravioleta prejudicial,
dos Raio-X e de tempestades magnéticas solares. Muito do
ultravioleta é bloqueado através do ozônio na alta estratosfera.
Sem esta camada de ozônio, a vida na superfície da Terra
correria grande perigo.
Com toda essa blindagem, como os astrônomos poderiam observar
os tipos de luz que é absorvido pela atmosfera? Montar rádio-telescópios
nos topos das montanhas seria uma ajuda, mas, ainda assim
não resolveria o problema. O único recurso é entrar no espaço.
Os astrônomos tiveram que esperar até a era espacial antes
que pudessem expandir os limites da rádio-astronomia para
as ondas de comprimentos menores do espectro eletromagnético
Seguindo
umas séries de experiências com foguetes nos anos sessenta,
Uhuru, o Einstein Observatory, ROSAT (Satélite Röntgen),
e agora o Chandra, Observatório de Raio-X, todos para explorar
as emissões de Raio-X vindas do espaço profundo. Astrônomos
usaram estes satélites para traçar gás quente em agrupamento
de galáxias, explorar a natureza nuvens provenientes de
explosões de estrelas, e examinar o impacto do vento solar
nos cometas.
O
Observatório de Raio-Gama Compton que foi desativado junho
passado, e outros satélites de Raio-Gama exploraram a parte
de alta-energia do espectro. Eles eram atingidos aproximadamente
uma vez por dia com Raios-Gama misteriosos estourando do
espaço profundo.
O
Explorer Ultravioleta Internacional (IUE) foi lançado em
1976. Projetado para trabalhar durante três anos, foi recentemente
desativado depois de, pasmem!... 20 anos de serviço, uma
verdadeira obra prima da engenharia. IUE e outros satélites
ultravioletas revelaram agrupamentos de estrelas quentes,
recém-nascidas em galáxias distantes, entre outras coisas.
Enquanto
algumas faixas do infravermelho atravessam a alta atmosfera,
gás carbônico e vapor de água conseguem absorve-los quase
que completamente antes que atinjam o chão. Astrônomos do
infravermelhos fazem qualquer coisa para limitar o vapor
de água em cima das suas cabeças, desde colocar os telescópios
em aviões até estabelecer observatórios na resfriada solidão
do pólo de Sul que é um dos lugares mais secos da Terra.
Em
1983, o Satélite Astronômico Infravermelho (IRAS) mapeou
o céu em quatro faixas infravermelhas. O IRAS colecionou
tantas informações que o instituto dedicado ao satélite
até hoje trabalha, junto ao Instituto de Tecnologia da Califórnia,
no estudo das informações obtidas. O Observatório Espacial
Infravermelho (o ISO) seguiu as mesma trilha e no próximo
ano o (SIRTF) certamente estenderá o conhecimento do astrônomos
sobre o universo infravermelho.
Embora
muitos comprimentos de onda de rádio possam alcançar a superfície
de Terra, os astrônomos ainda lançam rádio-telescópio no
espaço. O HALCA , um rádio-telescópio espacial japonês,
trabalha sincronizado com rádio-telescópios no chão para
formar um interferômetro gigantesco com duas vezes o tamanho
da Terra.
O
Hubble é o rei dos telescópios espaciais. É o único que
tem capacidade para luz visível, mas, com 10 vezes mais
resolução do que geralmente é alcançado da superfície de
Terra. Hubble também pode observar bem no ultravioleta e
infravermelho.
A
Conexão Temperatura
Luz
é produzida quando átomos liberam energia. No caso mais
simples, os tipos de radiação eletromagnética que um corpo
emite dependem de sua temperatura que é uma medida de sua
energia interna. Medidas de tipos diferentes de ondas permitem
os astrônomos determinar a temperatura. Além disso, conforme
o modo que radiação eletromagnética interage com o meio,
os astrônomos podem determinar composições químicas, velocidades,
e outras propriedades físicas dos objetos celestes. Objetos
frios como nuvens interestelares de gás e pó não têm bastante
energia para radiar raio-x ou até mesmo luz visível. A barreira
enorme que impede que vejamos o centro da Via Láctea consiste
em pó grosso que a luz visível não pode penetrar. Conseqüentemente
o pó bloqueia a luz das estrelas resfriando as nuvens a
apenas alguns graus acima do zero absoluto. Tais regiões
apesar do isolamento da luz, irradiam rádio e comprimentos
de onda infravermelhos longos. Moléculas são formadas dentro
destas nuvens onde o pó as protege contra a devastadora
radiação estelar.
Rádio
e ondas infravermelhas podem perfurar por pó interestelar,
permitindo que os astrônomos sondem dentro das nuvens escuras
e vejam claramente por nossa galáxia. Até que os astrônomos
examinassem as nuvens escuras com rádio-telescópios sensíveis
nos anos 60, não havia quase nenhuma informação sobre a
variedade enorme de moléculas que existem no espaço, e faltava
conhecimento sobre os objetos mais volumosos da galáxia:
nuvens moleculares gigantescas. As baixas temperaturas permitem
que o gás contraia-se gravitacionalmente para formar estrelas,
assim sem rádio-astronomia infravermelha, não teríamos descoberto
com nascem as estrelas.
Quando
a temperatura de um corpo aumenta, ele passa a irradiar
energia mais forte. Algumas centenas de graus acima de
zero absoluto e o objeto passa a irradiar fortemente o infravermelho.
Por isso é que uma máquina fotográfica infravermelha pode
tirar sua foto às escuras. Astrônomos usam luz infravermelha
para estudar as fases avançadas da formação de uma estrela
e o quentes ejetados por estrelas colapsantes.
Na
faixa de alguns milhares de graus C, um corpo produz luz
visível e até mesmo alguma luz ultravioleta (além de infravermelho
e rádio). As temperaturas de superfície da maioria das estrelas
mantêm-se entre 2000° C e 50,000° C, é como os filamentos
aquecidos das lâmpadas incandescentes, emissores poderosos
de luz visível. Estrelas frescas radiam a maioria da energia
dentro do infravermelho. Estrelas quentes radiam principalmente
dentro o ultravioleta, assim sem o exame destas faixas espectrais,
astrônomos perderiam muita informação importante.
Agora impulsione a temperatura para a faixa dos milhões de
graus C. Reações termonucleares no centro do Sol, a 15 milhões
de graus C, produz grande quantidade de raios-gama que são
atenuados em energia pela passagem pelas camadas externas
mais frescas do Sol. O que começa como um único fóton de
raio-gama no núcleo do sol emerge à superfície como milhares
de fótons de luz visível. Nosso sol se parece relativamente
inativo quando visto em luz visível. Mas um exame em raio-x
revela formações espetaculares de gás aquecidos a milhões
de graus. Sem este conhecimento, astrônomos não poderiam
entender a atividade solar, o vento solar, e os efeitos
deles na Terra. Abaixo imagem de Raio-x do Sol.
Raios-X
e raios-gama são emitidos por estrelas colapsadas. São produzidos
raios-X a partir de gás em altíssima temperatura que estão
dentro de agrupamentos de galáxias e também por matéria
que entra em buracos negros. Raios-gama estouram diante
de estrelas gigantes em colapso ou a partir de uma colisão
entre estrelas de nêutrons em galáxias distantes.
Nosso século viu o espectro eletromagnético inteiro abrindo-se
para a Ciência. Com novos detectores, satélites, e planos
para exploração futura, o estudo dos objetos astronômicos
desvendarão ainda muitos segredos a um passo já acelerado,
enquanto trará uma compreensão mais completa de nosso universo.
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