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quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

sistema d star para radio amadores

- Introdução ao Sistema D-Star

O D-Star é um novo sistema de rádio que oferece comunicação de voz digital e de dados de forma eficiente e inovadora aos radioamadores. Ele liga repetidoras com links em microondas e Internet formando uma rede mundial de radioamadores. O Sistema D-Star fornece novos recursos e funcionalidades inéditos que incrementam a eficiência de nossas comunicações. O nome D-Star vem de Digital Smart Technologies for Amateur Radio, que em português significa Tecnologias Digitais Inteligentes para o radioamador.
O que o Sistema D-Star oferece
Comunicação de dados a 128kbps e comunicação de voz digital a 4.8kbps - O D-Star não só oferece comunicação de voz digital, mas também comunicação de dados (DD). Nele poderá transferir ficheiros de imagens, gráficos, texto ou qualquer outro que desejar.
A sua voz e dados alcançarão distâncias nunca antes possíveis - Múltiplos links por rádio e Internet permitem comunicações de longa distância virtualmente com o mundo todo.
Aplicações de internet - O Sistema D-Star usa o protocolo TCP/IP, portanto pode ser ligado a um PC, pode-se aceder à web, e-mails e qualquer aplicativo disponível na Internet.
Acesso a internet sem fios - Estando na área de cobertura de um repetidor D-Star, poderá aceder à internet e serviço de mensagens multimédia.
Link de dados simplex - Com o novo rádio ID-1 da Icom, poderá fazer ligações e transferir dados directamente de um rádio para outro em áreas onde não existem repetidores D-Star.
Protocolo com roteamento - As comunicações são feitas sempre com endereço do emissor e destinatário, garantindo assim uma comunicação eficiente e organizada, não dando espaço para o mau uso comum nas comunicações analógicas actuais. Reportagem completa de quem utiliza e quando podem ser acedidas através da internet.
História
D-Star é um padrão que foi publicado em 2001. Ele é resultado de três anos de pesquisas patrocinadas pelo governo japonês e administrado pela JARL (Associação Japonesa de Radioamadores). Ele foi criado para suprir a necessidade por novas tecnologias para uso no radioamadorismo. A pesquisa envolveu fabricantes Japoneses de rádio e outros observadores. A Icom forneceu equipamentos usados para desenvolvimento e testes. Rádios e repetidoras D-Star foram testados exaustivamente e agora estão disponíveis para uso público.
Visão Geral do Sistema
O D-Star é um protocolo aberto. Embora tenha sido publicado pela JARL, ele está disponível e pode ser utilizado por qualquer um. Qualquer equipamento ou software que suporte o protocolo D-Star funcionará com o sistema D-Star. Os sistemas D-Star podem ser construídos usando tanto equipamentos comerciais como construídos por radioamadores.
O protocolo D-Star é aplicado à porção de RF (rádio frequência) dos sinais transferidos entre rádios ou entre rádios e repetidores. Os rádios D-Star podem-se comunicar directamente com outros rádios D-Star sem o intermédio de equipamentos ou repetidores tanto em modo DV (voz digital) como em modo DD (Dados). A porção Gateway (Porta de Comunicação) do protocolo aplica-se às interfaces entre repetidores D-Star, conforme a figura 1. O protocolo também especifica como o sinal de voz digital é convertido para ser enviado como dados, função conhecida como CODEC (codificador/descodificador).




O codec utilizado é conhecido como AMBE ® (Advanced Multi-Band Excitation). O sinal de voz é transmitido no sistema D-Star a 3600 bits/segundo.
Voz Digital (DV) e Dados (DD)
O sistema D-Star suporta dois tipos de mensagem digital. A voz digital (DV) usada em 144Mhz (2m) e 440MHz (70cm) contém tanto informação de voz digitalizada (3600 bps incluindo correcção de erros) quanto dados (1200 bps). Um rádio DV é capaz de operar como um rádio FM que pode operar simultaneamente para voz e para rádio packet. A mensagem de dados (DD), utilizados apenas na banda de 1.2GHz, é exclusivamente para dados a uma taxa de 128kbps.
A ligação de dados num rádio que utiliza DV é via interface serial RS232 ou USB 1.0. Já num rádio DD é através de ligação ethernet de alta velocidade. O software de emulação de terminal (DV) ou browser (DD) poderão ser utilizados para comunicação móvel, conforme a figura 2.


2 - Afinal, o que tem o D-Star de tão interessante?
Bom, já sabemos que todos estão curiosos sobre o assunto. Mas afinal, o que o D-Star de tão interessante assim? É o que vamos ver agora. Vou tentar mostrar aqui o que ele nos oferece e vocês decidem no final se ele realmente merece essa atenção toda.
Modo DV - Digital Voice - Voz Digital
Um rádio D-Star pode tanto operar em modo analógico (o FM que usamos hoje) como em modo DV, que é o modo digital. Neste último, a sua transmissão só será compreendida se recebida por outro rádio que opere no sistema D-Star. Os rádios que temos hoje podem até sintonizar uma transmissão DV, mas só ouviremos ruídos. Veja o exemplo:
Todos sabem da excelente qualidade de áudio de uma transmissão em modo FM quando o sinal é limpo e livre de ruídos. Pois bem, uma transmissão em modo DV não é melhor que uma transmissão de FM nestas condições, mas também não fica muito atrás. Ela lembra um pouco o áudio de uma ligação de telemóvel melhorado. Isso deve-se ao facto de que a transmissão DV é resultado de uma conversão do áudio analógico para o modo digital feita por um CODEC (circuito integrado conversor de analógico/digital) numa taxa relativamente baixa.
Todos sabem que um CD é um áudio analógico digitalizado e tem um som excelente. Então porque é que o DV do D-Star não pode ter essa mesma qualidade de áudio? Simples. Por causa de algo chamado largura de banda. Para termos uma qualidade de áudio alta, a transmissão tem que ocupar um espaço maior no espectro de rádio frequência. Uma transmissão de FM estéreo de uma rádio broadcast ocupa 100 kHz, por essa razão, tem excelente qualidade de áudio com respostas em frequência de 30 Hz a 15 kHz. Já uma transmissão de radioamador em FM ocupa apenas 10 kHz. Por isso o nosso áudio não é tão bom quanto o da rádio FM, mas é bom o suficiente para comunicarmos com clareza e não ocupar muito um espectro tão concorrido.
Os criadores do D-Star levaram em consideração a escassez do espectro e resolveram usar uma taxa de amostragem mais baixa para a conversão do áudio, perdendo um pouco em qualidade, mas ganhando em eficiência. Uma transmissão em VHF deveria ocupar apenas 10 kHz, mas na realidade usa mais que isso, pois tanto uma frequência acima quanto uma abaixo são comprometidas. O espaço de 20 kHz necessários hoje para que um repetidor analógico não interfira no outro poderia acomodar três repetidores D-Star. Uma transmissão D-Star ocupa tão menos banda, que poderia ficar entre uma repetidora analógica e outra, funcionando pacificamente com elas como mostra a ilustração abaixo:





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