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domingo, 21 de abril de 2013

Região brasileira mais fraca no campo magnético da Terra

Uma faixa encontrada na costa do país entra para o RankBrasil com o recorde de Região mais fraca no campo magnético da terra, sendo 30% inferior à média de todo o planeta.
Esse fenômeno é conhecido por Anomalia Magnética do Atlântico Sul (SAMA – South Atlantic Magnetic Anomaly). Um estudo realizado pelo IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas), da Universidade de São Paulo, mostra que o fluxo reverso no núcleo da terra é responsável pela ocorrência.


Isto acontece quando o campo magnético se comporta fora dos padrões, e nesta região existem pontos de encontro do manto e do núcleo, onde ocorre o fenômeno, refletindo na anomalia.

Em 1940 tiveram início as construções de mapas de campos magnéticos e a SAMA começou a ser detectada. O que ocorre na região é que existe uma área onde a intensidade magnética é cerca da metade esperada para as regiões de igual latitude.
O normal seria que as forças de maior intensidade acontecessem nos pólos e as mais baixas, nas proximidades da linha do Equador. A Anomalia Magnética do Atlântico Sul tem menor intensidade que na região equatorial.
Estudos mostram ainda que a anomalia detectada na área está em constante movimento: há 400 anos ela era localizada no sul do continente africano e apresentava intensidade maior. Atualmente, o Brasil se encontra dentro da área de abrangência da anomalia e seu centro fica no país vizinho, o Paraguai.

Causas da SAMA
>Comportam-se como janelas, falhas magnéticas que protegem a Terra do fluxo de partículas do Sol e do universo.
>Nesta região, os astronautas ficam mais expostos à radiação.
>Podem ocorrer interferências nas ondas de rádio.
>Problemas na transmissão de energia elétrica.
>Quando ocorrem explosões solares, a anomalia absorve mais partículas que outras localidades.


Inversão do pólo magnético da Terra

Inversão do pólo magnético da Terra
Cientificamente já sabemos que os polos magnéticos terrestres sofrem inversões que ocorrem em períodos cíclicos. O decaimento atual do campo magnético indica a possibilidade de um novo processo de inversão do mesmo, tanto que a Nasa constatou a diminuição para dois Gauss no início do novo milênio, sendo que em 1996 era de quatro Gauss. Mas o que realmente está acontecendo com o escudo de proteção do planeta?
Para entender a inversão dos pólos magnéticos da Terra é necessário primeiramente entender o campo magnético da Terra, qual a sua função e de onde ele vem, ou seja, como ele é gerado. O campo magnético da Terra é o escudo protetor do planeta dos raios cósmicos de alta energia que a “bombardeiam” a cada instante.
Apesar do nome raios cósmicos estes são compostos por partículas pesadas que ao colidirem com os átomos formam outras partículas, chamadas de raios cósmicos secundários (inofensivas para os seres humanos). Este fato torna o campo magnético terrestre muito importante para o suporte da vida desenvolvida na Terra.
Além de proteger a vida na Terra de maneira direta, o campo eletromagnético permite aos seres humanos manter seu estilo de vida confortável, pois sem o campo eletromagnético seria praticamente impossível termos telecomunicações (pois as partículas cósmicas impediriam a correta propagação dos sinais) e os equipamentos eletroeletrônicos invariavelmente queimariam por ficarem sobrecarregados pela energia das partículas cósmicas.
Os transformadores de energia elétrica entrariam em colapso e ficaríamos às escuras por anos, pois se todos os transformadores dos EUA, por exemplo, fossem danificados ao mesmo tempo, levariam dois anos de produção ininterrupta de transformadores para restabelecer o sistema. Um campo eletromagnético fraco somado a uma tempestade solar pode deixar estas partículas cósmicas passarem e termos o mesmo efeito da falta do nosso escudo protetor.
Como o campo magnético terrestre é formado foi motivo de muita discussão entre cientistas por muito tempo. O consenso atual sobre como se origina é devido a uma colossal corrente elétrica (da ordem de bilhões de ampères) gerada pelo giro da Terra em torno de seu eixo. Este fenômeno é conhecido como “efeito dínamo”. Importante lembrar que mesmo a Terra sendo convexa este efeito continua válido, apenas passaríamos de um modelo esférico para um modelo toroidal (forma de uma rosquinha).






Figura 1: Formação do campo eletromagnético terrestre.

O líquido condutor que está girando no interior do planeta está em rotação e tem efeito sobre a rotação do mesmo. Desta forma é razoável aceitar que esta massa líquida também realiza um movimento precessional e tal como um pião de brinquedo ele vai perdendo força até que se inverte e muda de polaridade. Mas este processo não é brusco é demorado e faz com que o campo eletromagnético vá decaindo pouco a pouco até que se extinga e reapareça com polaridade invertida.
Houve muita discussão científica em cima desta teoria, pois uma linha dizia que a Terra partiu de um estado inicial, de rotação e campo eletromagnético e que este estava estável desde sua criação decaindo pouco a pouco com os milhões de anos.
Já outra linha versava sobre a ciclicidade de orientação de polaridade do campo eletromagnético terrestre. Porém no início dos anos 1950 cientistas, ao estudares as dorsais oceânicas, fizeram uma descoberta que daria fim à discussão.
As dorsais oceânicas são locais por onde o manto terrestre é forçado contra a crosta (figura 2) e “vasa” fazendo com que as placas tectônicas se movimentem (fazendo o famoso movimento dos continentes).


Figura 2: Dorsais e fossas oceânicas.

O vazamento do material do manto terrestre foi medido com um equipamento chamado magnetômetro, que mede o magnetismo de objetos, o qual constatou um comportamento intrigante do material depositado pelas dorsais oceânicas (figura 3), onde o material mais novo possuía uma orientação coerente com o campo eletromagnético atual, porém ao se afastar do centro da dorsal estudada a orientação do campo do material do assoalho marinho tinha uma orientação contrária ao campo eletromagnético terrestre atual.
Este padrão se mantém por todo o assoalho marinho, tendo sempre como origem as dorsais oceânicas. Através da datação das rochas de cada uma destas camadas chegou-se a conclusão de que o campo eletromagnético da Terra sofre um ciclo de inversão a cada 200.000 anos.

Figura 3: Assinatura geológica das inversões dos pólos magnéticos da Terra.

Portanto o campo eletromagnético terrestre já sofreu diversas inversões e não é nenhum absurdo assumir que isto ocorrerá em breve, pois o decaimento deste campo é um sintoma de que esta inversão está por ocorrer.
Além disso a última inversão sofrida pelo campo eletromagnético da Terra foi a 780.000 anos, ou seja, está quase quatro vezes acima do tempo médio para a inversão. Outro fator que leva a certeza da proximidade desta inversão é um dado postado pela NASA, de que o campo magnético do nosso planeta passou de 4 Gauss em 1996 para menos de 2 Gauss no início do novo milênio.
Outra questão interessante para se entender sobre o campo eletromagnético terrestre é as representações do planeta como um campo uniforme em seu entorno.

Figura 4: Modelo aproximado do campo eletromagnético da Terra.

Este campo é em formato de uma malha intricadamente emaranhada disposta pela superfície terrestre. É por este motivo que nossos parceiros das 49 raças de inteligências de outros mundos chamam o campo magnético terrestre de malha magnética (figura 5).

Figura 5: Representação realística do campo eletromagnético terrestre.

Cada ponto de costura desta malha (os locais onde as linhas de campo eletromagnético entram e saem da superfície terrestre) são pontos de grande potencial energético que propiciam a criação de vórtices de energia.
Estes vórtices são mais propícios entre 24º e 19º sul e norte a linha do equador. É nesta região que estão situados locais famosos como o Triângulo das Bermudas, o Triângulo do Dragão e a Zona de Silêncio. É também nesta posição energética privilegiada que está situada a fazenda do Projeto Portal.
Na figura 6 temos uma comparação da disposição real do campo eletromagnético da Terra quando este se encontra estável e como ele fica quando estamos em um processo de transição, que é o momento ao qual estamos nos aproximando.

 
Figura 6: Comportamento do campo eletromagnético terrestre entre e durante as inversões de seus pólos.

Mas os mistérios por trás destas forças ainda estão longe de serem solucionados pela humanidade. Ainda este ano, 2012, um cientista da NASA, chamado Jack Scudder, fez uma descoberta incrível sobre o campo magnético da Terra. Scudder verificou que o campo magnético terrestre está acoplado por portais ao campo eletromagnético do Sol tornando ainda mais complexa a gama de variáveis que atuam sobre esta misteriosa força que nos protege das partículas de alta energia espaciais.





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